domingo, 24 de outubro de 2010

Estatua de Iemanjá / Praia Grande - São Paulo








Deu nome ao bairro Vila Mirim do município de Praia Grande (litoral paulista), em homenagem ao Caboclo Mirim, entidade de seu Pai Benjamim.

Foi um dos primeiros umbandistas a realizar festas em Ginásio, em que se reuniam um número muito grande de umbandistas. Inclusive, a revista Acontecimentos de Umbanda, em 11/1965, o chamou de “o realizador”, em referência à festa em homenagem a Oxossi realizada no dia 19 de Setembro de 1965, em comemoração ao 5° aniversário do Primado.

Em 12/1976, “seu” Félix já falecido, ganhou uma rua com seu nome. Foi o primeiro umbandista a receber esta homenagem.


No dia 06 de novembro de 1976, o Diário Oficial do Município publicou o Decreto 13.871, assinado pelo prefeito Olavo Egídio Setúbal, cujo artigo 1º diz:

“Fica denominada Félix Nascente Pinto a avenida Quatro, no Jardim Helena, em São Miguel Paulista (começa na Rua Dr. José Artur da Nova, entre as Ruas Cinco e Oito).
No artigo 2°, diz: “deverá constar na placa: “UMBANDISTA – 1975″

Em 1970, dentro das dependências do Primado de Umbanda foi criado o Hino da Umbanda, de autoria de J. M. Alves, o qual era freqüentador da casa, e o Hino foi gravado pela curimba da tenda do Sr. Félix, que gravou outro disco em 1973.

Enfim, participou de vários encontros de dirigentes, seminários, debates na televisão, fundou órgãos de defesa da Umbanda, jamais escondeu sua condição de Líder Umbandista.


A Tupã Oca do caboclo Arranca Toco, é uma escola para médiuns, que trabalha, pesquisa, procura esclare­cer. Por meio de catecismos, livros, palestras, todos aprendem o que são as Linhas de Vibração Espiritual, as Falanges, a expressão de cada Orixá, sincretismo, recebem orientação sobre como se apresentar para uma incorporação perfeita, bem como cum­prir os deveres e as obrigações da nossa Umbanda.


Palavras usadas por Félix Nascente Pinto, ouvidas de seu Pai Benjamim: “Umbanda é coisa séria para gente séria” e ainda, com suas palavras: “Umbanda prega amor e carida­de sem ter covardia. Se formos atacados, nós nos defendemos através dos Orixás, caboclos, Preto-Velhos e assim por diante.


Todos os Umbandistas moram no meu coração e merecem o meu respeito; assim, faço com que eu também more em seus corações. Não considero ninguém mau,alguns agem erradamente por ignorância ou falta de conhecimento, sem falar nos aventureiros, que infelizmente estão infestando nosso meio.


Eles se aproveitam do rótulo de Umbanda para fazer uma série de patifarias. Os católicos se dizem irmãos em Cristo, e nós somos irmãos em Oxalá, que tem como representação a imagem de Jesus Cristo.


O verdadeiro Umban­dista deve tratar a todos e aceitar a todos sem nenhum preconceito de raça, cor ou posição social.


Félix viveu uma vida em prol da Umbanda; ao desencarne, completava 50 anos de estudos e prática de Umbanda e candomblé (embora só praticasse a Umbanda).


Fez sua “grande viagem” no dia 20 de Setembro de 1975, deixando uma lacuna jamais preenchida dentro dos corações de quem com ele conviveu. Seus ensinamentos estão vivos nas mentes em que foram semeados.


Numa lição de amor, humildade, caridade e abnegação (pois nem na doença ele se afastou de seus “filhos”, ensinou a todos os umbandistas de verdade o quanto é difícil permanecer fiel ao sentimento nobre e puro de servir aos irmãos necessita­dos sem se envaidecer ou endeusar. Na verdade, muitos são os que pretendem subir a íngreme montanha da Umbanda pura, porém são raros os que não desanimam no meio da escalada, ou não optam por caminhos mais fáceis. Muitos são os chamados, porém poucos os escolhidos.


Todo aquele que se propuser a continuar a espinhosa tarefa de orientador ou médium, e não se acercar de humildade e uma forte dose de autocrítica, jamais conseguirá atingir o lugar de “Iluminado”.

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